Rebel: Imagens, palavras...a essência... a natureza

Rebel

LOOKING IN WINDOW


R.E.B.E.L - Most View- - Week- Top Ten

sábado, 11 de junho de 2022

Sonhos e Imagens


25.Images, upload feito originalmente por *...REBEL..*.
Imagens que  vem a mente...
escrever é habito,
antes de esquecer..
Acordar 
repetindo um sonho... 
pra não 
deixá-lo fugir.
Quando 
estou assim, 
às vezes 
me vem na cabeça 
a melodia 
de alguma música.
Sem perceber, 
começo a cantarolar 
o verso 
e ele sempre 
traduz no que 
estou sentindo
Ai..ontem,
Voltando pra casa, 
sábado de sol 
maravilhoso, 
um fim de tarde, 
que eu adoro, 
ao ar livre, sol na pele, 
no corpo sentindo 
o movimento.
Pois bem, eu faço..isso..
Como é que se fala de uma coisa que, 
ao mesmo tempo, sei que não vai ter solução, 
não vai voltar atrás, 
que não adianta reclamar...
Uma rua especial. 
tem uma pracinha gostosa,
no fim 
e um rio logo eucaliptos, 
só com casas doutro lado 
e asfalto lisinho, 
com uma inclinação suave o suficiente 
para ser perfeita para andar de bike.
É, eu  ando de bike ainda.
Mas só nessa pracinha.
Perto de casa, sol gostoso, poucos carros passando, nossa...
minha bike no estilo "masters", 
digamos.
Significa que não 
faço manobras arriscadas, 
nem piruetas, nem derrapagens.
Não tenho mais idade, físico, 
pernas nem dedicação para tanto.
O vento no rosto, o asfalto passando 
embaixo dos pés, o corpo em perfeita 
harmonia com a bike. ..
tem no fim da rua. .
Ai, estou triste demais.
Com a cidade, com a vida, 
com a lembrança horrível 
de quando uma vez, 
criança, eu perguntei para 
a minha mãe 
o que eram aquelas notícias 
no jornal e ela disse:
"É que o mundo é assim, filho, 
vai ficando a cada dia pior".
Passei a vida tentando 
não concordar com isso.
E envelheço.
Tenho 30 anos e descubro que 
não posso mais andar de skate 
num sábado ensolarado, 
na pracinha do bairro.
E choro.
Acho que ainda sou criança.
Tanta porrada na vida e ainda choro, 
ainda lamento, ainda sento 
aqui pra escrever sobre isso.
Tentar gritar.
Hoje, uma pichação também ajudou.
Dizia "flor do meu sertão 
é tão luminosa e colorida", 
como as pichações dos anos 70, 80, 
no tempo dos hippie, que diziam coisas.
E a música veio.. a mente..
"Adeus, vou-me embora, pracinha, 
fulô do meu coração.
Eu voltarei qualquer dia, 
é só chover no sertão".
sei lá...
fico assim..me dá 
surpresa quando olho,
para trás
mas eu gosto de analisar,
que o Brasil..
conseguiu...
muito pouco até hoje..
Tudo não soa como um sucesso,
como o governo do PT 
em reduzir desigualdades..
Diria rindo.
Quando eu tinha 18 ou 19 anos, 
eu estava em Curitiba 
em Pleno Regime Militar,
ou Ditadura dizem alguns,
eu não experimentei  a loucura 
de contestar o regime,
e aquilo tudo., 
era demais para mim, 
melhor colégio,
ouvia bandas em lojas de musica
porque eu era um garoto que 
tinha sonhos
e que me vinha do nada.
do meu lugar e 
era uma cidadezinha,
do interior de Santa Catarina,
e no meio do nada..
no Brasil, 
em termos de lojas, 
filmes e lojas de musica..
de repente, 
ouvia tudo muito fácil
não me tornei,
mas já era a fã 
daquelas imensas 
estrelas do rock..
Pink Floyd.
Led Zeppelin,
Beatles,
Credence, 
o Cranberrries,
eis alguns,
Naquela época não 
havia muitas outras bandas, 
mas tudo e poucos, naquela época 
era ótimo ouvir com amigos 
no colégio Bom Jesus de Curitiba..
Nada  nada prepara você para isso... 
foi um salto no escuro...
e uma afirmação de 
quem era perdedor.
Eu próprio posso reconhecer..
sei reconhece que, no final, 
era meu próprio sonho,
se realizando..
Eu estava realmente onde queria..
estudando 
e ouvindo  boas músicas 
vendo filmes
e não sofrendo com  
aquela situação, 
vexatória em minha 
casa do meus pais
apesar de ser  aquariano,
parecia um peixe fora..  
de um aquário, por poucos anos. 
Eu fiquei assim...
no começo dos anos 60. 
Começar..de novo,
meu pai era de  uma família 
na zona rural de 
Pinheiro Preto perto 
de Tangará,
de onde saímos para
morar em Iomerê em 1963,
muito mais que ajudou 
a me recuperar
da pobreza vivida até alí.
Em Iomerê,
com outro ambiente..
Foi um recomeço
Eu comecei a trazer meu cérebro 
de volta à realidade dos anos 60..
lembro,
mas por muitos anos eu ainda 
permaneci com esse 
muro ao meu redor. 
Não não
quero mostrar 
nada além do meus 
verdadeiros sentimentos, 
não queria que as pessoas 
vissem isso, 
mas sei que 
que eu também tinha minhas 
fraquezas e problemas, 
como tudo mundo.
As vezes perdemos,
Perdemos a vontade, 
ficamos indiferentes..
entediados... 
cheios de tudo..
Se perde a volúpia ou  
a fome de coisas novas, 
a empolgação...
apenas dá um tempo,
fica a fazer outras coisas..
Sentimos falta
deixar a criatividade fluir..
as energias...
voltar a estar mais 
animado e empolgado..
de novo..
Foto Rebel.