O Tempo não Para III

A vista 
da 
igreja 
Matriz
São Luiz..
a praça,
a rua principal,
as casas,
toda cidade
coberta de neve,
ali, 
os
dias de neve,
que
o inverno 
nos 
brindou 
em
1965,

...
Tem 
coisas 
que a gente
nunca 
esquece, 
agora sei 
dizer, 
que a 

gente era
demais
feliz, por isso 
não esquece e

nunca esquece 
por ser 
tão marcante 
na minha vida,
na vida
da cidade,
onde
tudo na vida 
passa...
tudo  
flui...
onde fui,
muito

além disso.

Nunca mais.. 
não 
digo,
mas
nada
marca 

mais,
como 
olhar
a cidade 
olhar
o horizonte 
como 
um
retrato 
atemporal.. 
relembrar,
num
despertar 
de

algo 
assim..
notável..
em todas a mentes
de quem viveu este momento
singular.
Como foi,
pode-se rever em
Fotos antigas
adoro, revelam 
muito 
quando 
levam mentes 
a  
tempos distantes,
seres
divagam 
nos dias que foram
felizes,
e
nos levam 
de volta 
ao passado
revelam
como são,
lugares 
sagrados
tão  
presentes 
e
simples, 
em
nossa
vida 
em nossa 
memória,
ou onde 
a gente 
se refugia,
num 
momento particular,
sempre
tem um sabor especial

lembram

o amor 

dos avós,
tias, professoras,

sempre,

será 

e terá

o gosto 

de

um amor 
de infância,

que

nunca 

perde o sabor único.
Este era o tempo
num tempo frio,
do inverno 
de 1965 
em Iomerê,

enfim 
reviver
com esta 
percepção 
singular,
é como 
viver 
de novo,
sua história.
Eu vim 

para cá 
em 63,
era
menino

em 1965 
parece 

tão  
distante

tinha 9 anos,
ainda hoje

Iomerê 
é ainda 
tão silenciosa 

como 
nos anos 60.