que me davam
prazer...
e
continuam me dando
prazer...
O meu desejo..
ser vaqueiro...
Tinha medo
de gado furioso,
mas hoje diante do portão
vejo que
tornam-se inofensivos,
transformaram-se,
correm até
para ver quem chega.
Um arrepio...
corre na espinha,
uma
recordação,
daqueles dias de
céu azul..
dia e dias...iluminados.
Aqueles
fins de tarde.
Certos lugares que me dão
prazer ainda
e olho com
gosto a porteira,
o barracão, tenho
a impressão
de que se acham ainda ali
os peões
de antigamente.
Quando
chego,
chego,
há a crimpa
e o pinhão,
pronto
para cozer
no fogo..
Mas digo,
tropeava o
gado ali na fazenda....
gado ali na fazenda....
rumo a Iomerê..
Os tropeiros eram condutores de tropas,
que atravessavam extensas
áreas transportando gado.
E em
silêncio...vejo o sol se pôr,
dum lado a porteira e o casarão e doutro lago da fazenda.
Chego a esta casa cheio de arrepios,
lembrando pelo que fiz,
Estou certo de que a a vida aqui,
não mais a mesma.
Nas minhas palavras...
a simplicidade de falar
de um tempo...
que como queria de volta.
Ainda me lembro de de umpeão
que era um homem alto e olhos grandes,
chapéu de palha e um bigode preto...
amarelado do fumo..
Sempre que estava comigo,
me contava
histórias...
no anoitecer da fazenda..
quando ficava calado...
Sempre que estava comigo,
me contava
histórias...
no anoitecer da fazenda..
quando ficava calado...
olhando o horizonte.
Depois que escurecia
entrava no galpão
sentava num banco,
tentava compreender,
Depois que escurecia
entrava no galpão
sentava num banco,
tentava compreender,
a vida de peão..
vendo ele
vendo ele
fazendo o café no fogão,
ou o carreteiro do jantar,
via a lenha queimar
que deixava a fumaça
sumir dentro
via a lenha queimar
que deixava a fumaça
sumir dentro
do barracão.
O tempo passou..
o menino não existe mais...
a fazenda continua aqui..
liberando lembranças..
O tempo passou..
o menino não existe mais...
a fazenda continua aqui..
liberando lembranças..
Mas hoje é dia que tem
pinhão assado na brasa..