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quarta-feira, 27 de setembro de 2023

Adeus, vou-me embora, pracinha.

Nada é tão gostoso 
e o mundo fica tão bem habitável, 
que acalma,
ver o sol na montanha,














na beira do rio,
há uma lugar,
que acalma
ou um lugar,
num lugar,
lugares  
que me deixa feliz 
estar aqui...
Deixa escrever antes que
me esqueça, 
é assim,
como acordar... repetindo 
um sonho pra não deixá-lo fugir.
Quando estou aqui, 
às vezes me vem na cabeça 
a alegria de alguma música.
Sem perceber, 
começo a cantarolar o verso 
e ele 
sempre traduz alegria,
que estou sentindo.
Ai...deixo que a alegrai tome conta..
e a bela vista....

Andar por ai...
caminhar...
relaxa...
desestressa..
e que mais..
bem vou escrever...
Voltando pra casa, 
de um dia  de sol maravilhoso, 
um fim de tarde, 
que eu adoro, 
o ar livre, sol na pele, 
e todo corpo sentindo 
o movimento.
Pois bem, eu faço assim..sempre..meu hobby
Como é que se fala 
de uma coisa que, 
ao mesmo tempo, 
sei que não vai ter solução, 
não vai voltar atrás, 
que não adianta reclamar...
isso cura com uma volta pelo bairro..
no asfalto em alta velocidade.
Uma rua especial, 
a beira rio, 
tem uma pracinha gostosa no fim,
e um rio, logo a beira de eucaliptos, 
só com casas doutro lado e asfalto lisinho, 
com uma inclinação suave o suficiente 
para ser perfeita para andar de bike.
É, eu tenho já alguns anos a mais, 
de quando comecei pedalar, 
ando de bike assim.
Mas só nessa pracinha...
eu paro...sentar um poco no banco da praça.
Tudo perto de casa, sol gostoso, 
poucos carros passando, nossa... 
minha bike no estilo "race", 
mais perigosa digamos..

Não significa 
que não faço manobras arriscadas, nem piruetas, nem derrapagens.
Não tenho mais o vigor físico, pernas, nem dedicação para tanto...às vezes arrisco.
O vento no rosto, o asfalto passando embaixo dos pés, 
o corpo em perfeita harmonia com a bike. ate no fim da rua. .
A bike eh terapia...
e lá vou..ai, se estou triste demais.
Com a cidade, com a vida, com as lembranças, de quando uma vez, criança, eu perguntei para a minha mãe o que eram aquelas notícias no jornal e ela disse:
 "É que o mundo é assim, filho, vai ficando a cada dia pior".
Passei a vida tentando não 
concordar com isso...
e a clamor da rua me diz que 
o mundo aqui não é assim...
E envelheço.
Tenho + de 30 anos e descubro que 
não posso mais andar de skate 
num sábado ensolarado, 
na pracinha do bairro.
E ainda choro.
Acho que ainda sou criança.
Tanta porrada na vida e ainda choro, 
ainda lamento, ainda sento 
aqui pra escrever sobre isso.
Tentar gritar...não adianta
Hoje, uma pichação também ajudou.
Dizia "flor do meu sertão", 
como as pichações dos anos 80, 
que diziam coisas. 
Eu voltarei qualquer dia, 
é só chover no sertão.
E a música veio. 
Mutantes....
"Adeus, vou-me embora, pracinha"...
e como é linda a pracinha da cidade.
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