A Grimpa cozia o pinhão.

Chuva não,
nem todo
dia cinzento, 

é assim, 
triste.
Até mesmo ouvir 

as mesmas coisas
o pingar,
o gotejamento 
na varanda....
definitivamente
não são todos dias iguais.
Felizmente, 

a vida...
com sem 
a chuva,
uma lembrança,

subiu comigo
na porta,
nas escadas
nas janelas
algo diferente,
de um ruído de chuva
de fim de tarde...

Como estava frio....

O frio nem 
sempre assusta..

mas há lembranças,

de felicidade,

do menino 
pálido e magro,
da camisa de buclê 
azul esfarrapada...
sob na blusa marrom....
Atiçava o fogo na grimpa,

que caiu da copa do pinheiro 

mais alto da fazenda.
Lá fora,
era assim num 
inverno do anos 60, 
como,
estavam
rasos 

o campos verdes... 
do milho do verão,

agora era passado,
havia só
restos 
de cana de milho..
algumas espigas,
o solo pronto para o trigo..
além deles
a floresta
ainda mais escura,
no dia cinzento.
mas 

que abrigavam 

uns pouco da natureza 
remanescente...
O menino se agachava,

junto ao fogo vendo...

a grimpa queimar, 

cozinhando o pinhão....

sobre o fogo.
A noite em que choveu..

veio
esta lembrança...
feliz....
Junto a lareira.