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sexta-feira, 17 de fevereiro de 2023

Queria você de volta!

Estou relendo
minha infância,
meu projeto de um livro,
e ai digo comigo..
cada paragrafo,
Ah...
Queria você de
volta!..
claro que queria..você..
esse tempo...
está aqui
passagens biográficas
mais sensíveis,
de menino,
loiro,
de olhos azuis...
e
FAZ MUITO TEMPO.
Por trás deste meu jeito
de dizer algo,
tão comum,
é que carrego muita
coisa,
como todos os seres
que carregam
em nossas mentes e corações,
e como que
dizem a nós
quando algo nos leva a
"VOLTAR",
sugerem que quem
se olha assim,
no passado
todo focado
na afetividades,
ingenuidades
e
fragilidades dos seres humanos.
Que nada foi em vão,
nos fatos tão comuns
na infância.
Olhando tudo,
todo o fato
revela-se
que foi um tempo,
muito voraz..
fértil,
muito,
demais,
em experiências...
Em que a infância é um tempo,
de duração rápida demais,
por isso lamentos
porque havia tanto
por fazer
e
o tempo era bem ocupado,
queremos logo avançar
num outro tempo,
que um tempo assim,
como é a infância
é muito rico em sutilezas
e colorido,
chega-se a uma linda conclusão,
que não se vê perdido,
nada que aconteceu se perde,
como se perde,
o vento que sopra
na montanha,
ou a areia que esparrama no mar,
vem e remove tudo,
leva a um caos,
sim da infância,
restou um ordenamento,
apesar de todas inconstâncias
da vida,
e do desamparo,
pobreza
e miserabilidade
que havia
e que "o tempo",
remeteu a uma fase da vida nova e bela,
é tão desejada, a adolescência
e os anos da vida adulta.
A infância
nos parece, por sua fugacidade,
as vezes como não vivida
de forma plena,
por todos nós, recuerdos,
Vejo o momento
como é,
como
retornar o olhar
para a existência
de um modo
de não se vive mais,
que confrontado com
o nosso modo de vida hoje,
lá há coisas lindas,
mas no passado,
duvido que as
de hoje,
valham tanto,
quanto aquele tempo.
Pode-se perguntar
se houve, algo maravilhoso
que eu tenha vivido
que tanto a pena vale voltar,
assim...
Sim, houve..e
há hoje ainda,
como entardecer olhando
o crepúsculo nas montanhas
no outono,
em que eu imaginava,
que estaria fazendo daqui a 40 anos...
a resposta vem a cada tarde
que estou em Iomerê..
E as brincadeiras na praça,
o sorvete de uva em janeiro e fevereiro
no Bar do Ademar Comelli,
além do sorvete gostávamos de ser servido pela filha do dono,
uma jovem morena, linda e sedutora...
Gostava de ir comprar..
balas do bar do Raulino Paganini, onde víamos junto a mesa de Snooker, os desocupados e alcoólatras, que rotineiramente ali estavam até cair na valetas rumo a suas casas...
Sim tem, além,
mas nem sempre há explicação para esse mistério que é a infância...
lógico claro,
que houve tanto prazer,
que estou aqui a me reportar sobre isso.
Mas houve tristezas..
tudo bem
que não há como resolvê-los mais nada
e não vai mudar no destino meu,
mas imagino que histórias da alma,
as nuances dela,
expostas assim significam algo...
prá e para que tem a curiosidade de ler.
O homem que tem alma,
tudo o que vive,
tudo significa algo,
então por menor que seja
o fato acontecido,
mas há coisa mais significativas
que outras...
e minha infância tem este lado arrebatador
avassalador,
confrontando
sobre outras coisas que vieram depois.
O passado sempre
é um fator provocador..
de uma ida as profundas
da alma humana...
é sempre um tema fascinante.
as ambiguidades,
os medos,
os fracassos,
que restou de
seu jeito de ser..
com algum conhecimento de causa.
sentimos ao olharmos para trás.Por outro lado,
revive-se a
relação "Mãe e Filho"
e "Pai e Filho",
irmãos, primos, tias.
Eu sempre achava que merecia um pouco mais...
era mais mimado,
que os outros, era um "defeito" meu,
desde então ,
e veio se materializar depois
em termos de realizações na vida..
tenho um pouco mais materialmente e intelectualmente que os outros,
me refiro aos irmãos.
A gente vivia bem...
se dava bem pais, filhos e entre irmãos e primos e tias apesar de
ser mais pobrezinhos que os outros,
mas esta ai uma aparente desproporção
que o poder material dos membros da família ou entre nós,
nunca interferiu,
nas brincadeiras
a ida por matos e gramados
da redondeza da Vila Bressan nos aos 60, onde morava em Pinheiro Preto.
A pesca e caça aos passarinhos, pombas, nada era levado em consideração se
eu era pobre
e meu primo rico,
havia todo tempo para brincar
de tabuinha na casa de avós Dalmolin,
como "semelhante" ao surf de hoje,
e nos encontros as avessas aos interesse do mundo material de hoje
é a vida se desenvolvia
um par de brincadeiras
e até a disso
há acontecimentos marcantes
e algumas com muita subjetividade.
Você lembra de um período
que tinha tanta energia
e ter por isso emergido
tantas coisa graças vivacidade,
entusiasmo de criança
que era
e cheios de vida,
mas o trouxe também no meio da fase,
fatos petrificados na mente,
uma importante contribuição da personalidade,
aos quais cito a fixação na associação por beleza,
prazer e o sexo,
que muito guri na época
não costumava dar muita atenção:
era a vida dos pias.
Agora aos 50 dedico um olhar especial para fatos vividos há tanto tempo, vividos intensamente nos meandros da infância
e dá uma inevitável curiosidade física,
que havia,
de como tudo podia acontecer,
numa idade assim..hoje tão mais clara.
Ter emergido tantas coisas assim
como algo que se intitularia,
"Histórias
Minha Infância"
que se refletiu depois,
nos amores,
paixões
e emoções
sou um menino,
que viveu intensamente sua infância,
que agora maduro...
pode dar a exata dimensão
e valor de tudo
e como acontece na sua visão olhando para trás. Espiar ou olhar lá atrás,
muita coisa parece escondida
e procurar algo
e achar sempre alguém perdido,
encontramos no mundo adulto,
quem lhe dá carinho
e que nos fazem parecer criança demais,
para estar envolvidos
nas brincadeiras de verdade de adultos.
Quando sente este mundo de aventura,
é do outro lado quem a ele se aventura,
onde, em vez de ser um menino,
sente ser adulto...
Nele, meu mudo da infância e juventude,
havia um mundo particular,
encontrava tantas outras meninas,
que me defrontava com meus conflitos..
Agora aos 50 continuo
 
sem conseguir entender certo as razões de tudo isso.
"Devolva minha liberdade e minha inocência!",
eu ouço a minha mente dizer
ao relembrar a vida deste garoto,
num tempo
que se misturam lance
e nunces de pessoas
que eram demais inocentes
para ainda
viver muita coisa,
ou crianças demais para viver isso tudo
e ai entra em ação todo poder dos sentimentos e sentimentalismos, de alguém que está só nos 50...
Não há como deixar de lembrar
da criança inocente,
que um dia fui,
que todos nos fomos
e que mora ainda em nós,
e que muitos já cometeram
o pecado maior
de já a ter apagado...
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