Rebel: Imagens, palavras...a essência... a natureza

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sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Cais

Um poema de Ribeiro Couto,
"Cais Matutino"
"Mercado do peixe, mercado da aurora: cantigas, apelos, pregões e risadas à proa dos barcos que chegam de fora./ Cordames e redes dormindo no fundo; à popa estendidas, as velas molhadas; foi noite de chuva nos mares do mundo./ Pureza do largo, pureza da aurora, há viscos de sangue no solo da feira, se eu tivesse um barco, partiria agora./ O longe que aspiro no vento salgado tem gosto de um corpo que cintila e cheira para mim sozinho, num mar ignorado."
Quando estou triste, muito triste mesmo, e descrente de quase tudo, leio com renovada atenção este pequeno poema, apesar de sabê-lo de cor.