Rebel: Imagens, palavras...a essência... a natureza

Rebel

LOOKING IN WINDOW


R.E.B.E.L - Most View- - Week- Top Ten

quarta-feira, 19 de outubro de 2022

O mistério das flores


O mistério das flores
Biodiversidade  das flores é espantosa nasceu de origens obscuras
Se você pudesse voltar 130 milhões de anos no tempo, talvez não se impressionasse com as flores daquela época.
Eram raras e pequenas, vivendo à sombra de plantas não florescentes.
Há cerca de 120 milhões de anos, surgiu uma nova linhagem de flores que acabou por dominar muitas florestas.
Hoje, as plantas florescentes compõem a maioria das espécies vegetais vivas.
A maioria das calorias consumidas pelos humanos sai de flores, sob a forma de alimentos como milho, arroz e trigo.
As flores também impressionam por sua enorme diversidade de formas e cores.
Mas a história das flores deixou cientistas perplexos durante anos. Charles Darwin chegou a escrever que a evolução das flores era "um mistério abominável".
Hoje, ante a descoberta de novos fósseis, especialistas falam do assunto em tom de otimismo cauteloso.
Os cientistas também estão encontrando pistas em flores vivas e seus genes.
Estudos de DNA mostram que algumas poucas espécies representam as linhagens mais antigas que estão vivas hoje. O ramo mais antigo de todos é representado por uma única espécie: um arbusto chamado Amborella, encontrado só no sul do Pacífico.
Todas as flores, desde a Amborella, têm a mesma anatomia básica. Praticamente todas possuem pétalas ou estruturas semelhantes que cercam órgãos masculinos e femininos. Com o tempo, as flores se tornaram mais complexas: desenvolveram um anel interior de pétalas e um anel externo de sépalas, semelhantes a folhas.
Na década de 1980, cientistas descobriram genes que orientam o desenvolvimento das flores.
Observaram que mutações em uma planta chamada Arabidopsis podiam desencadear modificações grotescas, como o crescimento de pétalas onde deveria haver estames, os órgãos masculinos da flor.
Outras convertiam sépalas em folhas.
A descoberta ecoou ideias originalmente propostas pelo poeta alemão Goethe, observador minucioso de plantas.
Em 1790, Goethe escreveu o ensaio visionário "A Morfologia das Plantas", no qual argumentou que todos os órgãos das plantas, incluindo as flores, começaram como folhas.
Dois séculos depois, cientistas descobriram que mutações em genes podem provocar modificações como as visualizadas por Goethe.
Juntos, os genes podem desencadear o desenvolvimento de uma pétala ou de qualquer outra parte de uma flor Arabidopsis.
A bióloga evolutiva Vivian Irish, da Universidade Yale (EUA), está aprendendo a manipular os genes de papoulas. Identificou os genes que produzem as flores, cancelando o funcionamento de alguns deles e produzindo flores monstruosas em consequência. Suas descobertas sugerem que as flores evoluíram mais ou menos como evoluiu a nossa própria anatomia.
Nossas pernas, por exemplo, evoluíram independentemente das pernas das moscas, mas muitos dos mesmos genes antigos, construtores de apêndices, foram empregados para formar esses membros.
Quando um grão de pólen fertiliza o óvulo de uma planta, ele fornece dois conjuntos de DNA.
Enquanto um conjunto fertiliza o óvulo, o outro é destinado à bolsa que cerca o óvulo.
A bolsa se enche de endosperma, material amidoado que alimenta o crescimento do óvulo e nosso próprio crescimento quando consumimos grãos.
Nas primeiras flores, o endosperma possuía um conjunto de genes do genitor masculino e outro do genitor feminino.
Mas, depois de as primeiras linhagens se separarem, as flores avolumaram seu endosperma com dois conjuntos de genes, um da mãe e um do pai.

William Friedman, biólogo da evolução na Universidade de Colorado, em Boulder, não acha que seja coincidência o fato de as plantas florescentes terem passado por uma explosão evolutiva depois de ganhar um conjunto adicional de genes em seu endosperma.
"É como contar com um motor maior", explicou.
Em seus estudos sobre como o conjunto adicional de genes evoluiu para virar flores, Friedman foi atraído pela visão de Goethe.
"A natureza não inventa as coisas já completas", disse Friedman. "Ela cria novidades de maneiras muito simples.
Elas não são radicais ou misteriosas.
Goethe já tinha entendido isso."

Mas flores estas lindas, muito mais que lindas, essas ficam sempre na mente a flor..
Ah o que o olhar contém.
qem na vida tem estes sabores e cores..e assim viver contente.
A natureza é mistério,a beleza da flor assim, um mistério,
Tenhos em meus olhos, esta beleza, fora e dentro da flor... ...